31 outubro 2011

SANTIAGO - FINISTERRA


Mais um ano mais uma viagem pelos caminhos de Santiago.


peregrinos no caminho:
» Tojo
» Kiko
» Gigantone
» Vitokorov

» Márito
» Hélder Coelho
» Sérgio Santos
» trepador,
» lost, Leandro
» Costa

» Gil
» Anselmo e o
» internacional Nuno Coelho.

Lamentavelmente e devido a complicações físicas de ultima hora, o Wingman não conseguiu acompanhar o grupo nesta aventura.


A epopeia começou bem cedinho, com concentração marcada para as 05H40 na casa do presidente, onde quase todos os prós, desta feita chegaram a tempo e horas, com o Kiko a pedalar desde sua casa à frente do autocarro, que m
ais parecia a BT abrir caminho comitiva presidencial, tá numa forma colossal….lol

Quem foram os últimos a chegar, quem foram??????? Acertaram, foi mesmo a família coelho, claro está….lol…


Depois de desmontados os cavalos- pau e devidamente empacotados e cobertos, para não constiparem, o dopping e comprimidos de todas as cores, que mais pareciam arco-iris, bem como as transfusões de sangue nas malas térmicas, deu-se início à nossa viagem que nos levaria até cidade de Santiago Compostela, local de onde partiríamos com destino Finisterra, ou seja, fim-do-mundo.


A viagem correu bem, com a normal boa disposição e brincadeiras, entre o grupo, que seria o mote de todo passeio.
A 1º paragem estava reservada em Valença, pelas 07H45, no Café Bar, onde o pessoal tomou o pequeno-almoço, para encher barriguinhas e ganhar energia para o resto dia.


Chegados à cidade de Santiago Compostela, montadas as máquinas e devidamente equipados, deslocámo-nos à entrada da Catedral, para tirarmos as respectivas fotos da praxe, onde demos a 1ª “carimbada” nas credenciais que o eficiente tesoureiro comprou…obrigado….


O céu estava com cara feia, caindo de vez em vez umas pingas
, que iam metendo medo ao pessoal, que constantemente vestiam e despiam os respectivos impermeáveis, excepto um que esteve sempre com frio e ainda de cachecol.





O percurso estava bem marcado, ou seja, seguíamos sem dificuldade, sempre em ritmo normal, de forma a todos conseguirem acompanhar a velocidade de cruzeiro em que circulávamos.




Os trilhos estavam em muito bom estado, dando para pedalar tranquilamente, pese embora alguns picos que faziam aquecer as per
nas, nada de muito puxado, nem desgastante.





Fizemos assim uma pequen
a paragem, para comer “bocadilho” e beber uns baldes, na “Casa Pancho”, seguindo a nossa epopeia, por terras nunca antes navegadas, ou quase “nunca”…lol…


A próxima paragem estava marcada para a localidade de Olveiroa, local onde foi combinado para os motoristas se deslocarem e fazermos assim a paragem mais longa, para almoçarmos.

A maior parte decidiu degustar o qu
e tinham trazido de casa, tendo outros optado por se deslocarem a um restaurante ali perto.

Contudo, eis que volvidos cerca de 15 minutos, chega o Domingos (Lost), com cara de esgazeado e de poucos amigos, questionando a plateia: “não falta ninguém?????



não se esqueceram de ninguém???? é incrível como se esqueceram de mim no monte.!!!!. a plateia ficou boquiaberta para logo a seguir e depois das desculpas feitas, generalizar em palhaçada total, sendo apontados alguns culpados para tal desgraça, e, como não podia deixar de ser, eu incluído.
















Claro está que o Heli 1, já tinha sido mandado levantar, para encontrar o nosso melhor homem, estando esta busca a ser dificultada pela chuva e imenso nevoeiro que se fazia sentir na altura…lol,

mas já nos estávamos a guiar pelos abutres que o rondavam e constantemente gritavam “cai, cai, já foste, vamos te comer”.

Contudo a boa disposição do grupo continuava em alta, beneficiando das paisagens extraordinárias que nos era oferecido e que agradecíamos.


Barriguinhas cheias, era altura de v
oltar à estrada, numa altura em que chovia copiosamente, obrigando uma vez mais a vestir impermeáveis.


Chegamos então ao cruzamento, em que teríamos de decidir se íamos directos a Finisterra ou fazíamos desvio de 30 km para a cidade de Muxìa.

Aqui, as opiniões dividiam-se, e foi então que o vice decidiu sensatamente seguir
directo a Finisterra.

Assim sendo o grupo estava mais tranquilo, havendo ainda tempo para fazer uma última paragem na “Casa Talieiro” para mais uns “copos”.














Ficava assim a faltar a última subidinha, que para outros mais parecia uma “parede”.

Com o farol como miragem e em pano de fundo, ladeado do
nosso lado esquerdo pelo Oceano Atlântico, como amigo de subida até ao objectivo final - km 0.

Aqui chegados, foi sem dúvida um marco neste passeio, com uma paisagem deslumbrante, difícil de descrever, onde finalmente se compreendia aquele local ser designado por “Fim do Mundo”.


Foram muitas as fotos tiradas para “mais tarde rec
ordar”, com paragem nas habituais lojas de “recuerdos”.

Próxima paragem seria o Albergue em Finisterra, onde merecidamente tomamos o nosso belo banho. Aqui encontrava-se uma Srª muito simpática, que individualmente nos “acreditou que chegamos a estas terras da Costa da Morte e fim do caminho Jacobeo”.

As barrigas estavam vazias, e os comprimidos na barriga do kiko davam cambalhotas…lol…

Efectivamente, a primeira escolha feita pelo Márito foi um sucesso, onde depois de todos sentados e mesas desarrumadas, saímos que nem balas, pois a comida não interessava a ninguém.


Foi então recomendado uma segunda escolha e desta feita acertada, pois o pessoal que queria comer marisco, foi muito bem servido.



Não obstante terem sido contratados 2 motoristas, pelos vistos pouco, pois um deles decidiu chatear e proferiu 300000 vezes que às 02h00 iria parar a camioneta e que a mesma não andaria mais.


Claro está, que foram arranjadas várias soluções, entre elas:
pagar a multa, pedir BT para abrir caminho, um de nós conduzir aquilo e mesmo pernoitar na camioneta e arrancar às 10h00, tudo boas ideias.

Cá por mim a melhor seria atirar m
otorista pela janela fora…

Enfim, as coisas resolveram-se e a viagem correu tranquila, com pessoal a dormir e assim poderem descansar desta travessia.


Em suma fica estatística, em que rolamos cerca de 12H10m, para efectuar 95 km e com altimetria de 2.110 m.



É e será sempre um prazer pedalar com estes e outros que também fazem parte deste grupo de amigos, com andamentos, estilos, atitudes, comportamentos, reacções tão diferenciados, mas que se unem e desfrutam dos trilhos, das paisagens, da amizade e conseguem sempre proporcionar recordações que permanecerão para sempre nas memórias de cada um.



A cada um de v(n)ós, obrigada e Parabéns, por sermos como somos e “Só nós sabemos porque não ficamos em casa”

Ass: Tojó

SERRA DA FREITA

Dia 31 de Outubro mais um passeio para os Ultra prós da “pianha”.

5 e 30 e toca a despertar, tratar do pequeno almoço e siga para a Freita, não sem antes trocar a câmara do pneu de trás do nosso membro dos para-olimpicos.

Cafézinho e nata ao pé do Las Vegas e siga.

Chegados ao parque de campismo de Merujal tempo de preparar as bikes, poli-las (para as estoirar no monte) e tempo para o Almeida “arrumar a casa”

8 e 10 e iniciamos o trajecto em direcção ao planalto das eólicas. Primeiras descidas sem problemas, belas paisagens

e muita descontracção e boa disposição, aqui ainda se riam.

(Presidente – “ Estes camelos a rirem-se… quando souberem o que aí vem… “I O MANCO SÔ EU?!)

Tudo decorria sem problemas até que surge o primeiro acto de sabotagem.

Caminho cortado por um desabamento de terras.
A quantidade e tamanho das pedras a barrar o caminho só indicavam uma possibilidade, detonação.

Uma detonação controlada digna de trabalho de especialistas. Sem querer levantar suspeitas toda a gente sabe quem é
o especialista em bombas da ECOBIKE.( e não, não é o Quelhas)

Continuamos a nossa subida e descida e subida e subida e subida até ao planalto das eólicas. Chegados ao topo Uma ventania que quase nos tombava, pudera, todas as “ventoinhas” estavam a trabalhar e ainda querem poupar energia.



Atravessamos o planalto para iniciar a descida para Tebilhão .

Paragem para a foto da praxe.

(Aqui o Presidente a ver como é que podia abrir a caixa das esmolas, parecia que adivinhava que ia precisar de uns trocos para arranjar a bike).

(Paulo e o seu cajado, aqui ainda não sabíamos que íamos precisar dele para subir e descer à pata ou para arrear no Quelhas e no Presidente pelo percurso que escolheram lol!!)

Continuamos a descida para Tebilhão

e os primeiros sinais de desacordo entre os GP

S ‘s dos nosso maravilhosos “Cães pisteiros” começam a surgir, “estamos no trilho, , é prá esquerda, é pra direita “ o inevitável o grupo separa-se J. Numa descida digna de um downtown surge a tenebroso “Gigante” ou “Zorbe” um cão feroz de cerca de 20 cm de altura, que desata a fugir ao primeiro rugido do Presidente, para só parar junto dum simpático casal de idosos, que rapidamente nos informaram daquilo que já sabíamos, nós estávamos no caminho certo para Tebilhão, e o Quelhas e o Paulo, estavam perdidos….

Ao longe vozes, vozes que pareciam do além, que vinham e desapareciam até que o Gigante dá sinais que estranhos se aproximam como quem diz “ os nabos dos vossos companheiros já estão a chegar”.

Depois de lavrarem alguns campos lá chegaram os candidatos a “lost”.

Teimosias à parte, descemos por um caminho onde dizia expressamente e em bom português

(Proibida a circulação a bicicletas, AtV’s e veículos de quatro rodas)

Depois de 1 km a descer a “pernantes”, com o presidente a representar o espírito do vice, insistindo no impossível, descer sentado na bike, e com o Quelhas a ajudar, com um ou outro slide de sku de quando em vez.

Chegados a Tebilhão ou quase lá tempo para uma pausa, algumas histórias, e explicações sobre alguns dos vícios de alguns membros. Ficamos a saber que o vicio do presidente de tentar andar por cima de toda a folha, como as cabras, teve origem nos ensinamentos do nosso vice Vitokorov. Surgiram por isso ideias de actualizar a alcunha do vice de “Vitokourov” para “Vitokabrov”.

Iria surgir também uma proposta de alteração da alcunha do nosso “El trepador”para “El Cagong”. Á semelhança daquele herói da banda desenhada que derrotava os inimigos com a sua viola, Quelhas demonstra também bastante mestria musical.

Mais uma subida á pata e começamos a descer para Rio de Frades.



A paisagem lindíssima preenchida pelas ruínas das antigas minas de volfrâmio ou tungesténio. Um pouco de história meus pupilos.

As minas de volfrâmio ou tungesténio eram
exploradas durante a 2ª grande guerra por uma companhia alemã. Metal de extrema dureza, hoje em dia utilizado para ferramentas de corte, era utilizado para fabrico de armamento. Isto no tempo em que se ìa a Arouca a pé e descalço, com os sapatos num saco, para não estragar.

Palavras da senhora simpática do tasquinho onde comemos as nossas sandes e a nossa “massssiiiinnnha com sssssaaaaalchicha”.

Depois das energias repostas toca a subir, objectivo, outra vez o planalto das eólicas. Pelo meio mais uma desavença de GPS’s.

Obrigado à senhora em Fuste que nos deixou encher os “canados”.

Junto ao mapa toca a rever a matéria.

O pior estava para vir!! Mas antes eis que surge um som, todos olham para as árvores

“Deve ser nova espécie de ave.” Digo. “Com um chilrear tão estranho?” Diz o Paulo.

“Deve ser uma mota” Diz o Almeida.

(O Almeida ainda se ria eu já estava branco como a cal…lol)

O resto da subida não foi meiga e fez algumas baixas, entre elas o travão do Almeida, o pé do Almeida, a escora do Almeida, os calções do Almeida.

E já me esquecia as pernas
e os pulmões dos restantes.

Á chegada ao planalto rajadas de ventos ciclónicos tentaram impedir estes bravos de concluir a sua epopeia. Mas nada mesmo nada poderia vencer o ímpeto destes guerreiros.

É aí que chamam os snipers para tentarem impedir de progredir. Ágil como sempre, procuro abrigo numa valeta.

Encurralado não podia avançar tudo parecia perdido ….. mas eis que surge o resto da força especial, com alguns disparos um membro do grupo afugenta os snipers….

Tempo de descontracção. A tempestade tinha passado.

Mas eis que, entre mais ruídos estranhos vindos da bike do Almeida, ele descobre que a sua escora está partida.



Incrível, tamanha a velocidade com que este atleta sobe, que parte a escora onde se aparafusa o travão de trás… Podem achar incrível mas é verdade.

Este homem tem que tr
avar a subir para que o avanço sobre o resto dos companheiros não ultrapasse os 2 minutos.

Estava feita a volta descida para o parque de campismo para um banho quente, o qual ainda não sabíamos que iríamos tomar, mas que bem que soube.

Pelo meio uma paragem do Quelhas para “apanhar o autocarro” e a espectacular forqueta do Paulo que não me sai da cabeça.

Uma “manca” com um sistema de “cotovelo” que a impede de afundar quando trava.

O próximo passeio é já ao virar da página…..

P.S: s factos e relatos desta crónica são de única e inteira responsabilidade dos intervenientes

Abraço.